"O amor cura tudo", M. Klein.
O amor incondicional, a contingência que damos e recebemos é aquilo que nos faz sentir o quanto somos importantes.
"O amor pela palavra"

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O que é a terapia EMDR?

Conhecida por EMDR - Eye Movement Desensitization and Reprocessing, esta Terapia quer dizer Dessensibilização e Reprocessamento através do Movimento Ocular. 
Trata-se de um método de dessensibilização e reprocessamento de experiências emocionalmente traumáticas por meio de estimulação bilateral do cérebro, a qual promove a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. 
O processamento natural da informação é reposto e assim após uma sessão com EMDR, a percepção psicosensorial já não se manifesta como antes quando o acontecimento traumático é trazido à mente.
As memórias ainda são recordadas mas o efeito perturbador desaparece. O EMDR recria o que acontece naturalmente durante o sonho ou o sono na fase REM (Rapid Eye Movement) e pode ser encarado como uma terapia de base fisiológica, que ajuda a pessoa a encarar e viver os traumas de uma forma nova e sem os efeitos perturbadores. É um poderoso método psicoterapêutico. Um número substancial de estudos científicos já provou a eficácia do EMDR.
Os resultados destes estudos indicam que o EMDR é muito eficiente, e que os resultados são duradouros a longo prazo!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Oferta de 1ª Consulta de Psicologia (Crianças e adultos)

Durante os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, como forma de assinalar a abertura do meu novo espaço de Psicologia, a 1ª Consulta de Psicologia, seja para crianças ou adultos, será totalmente gratuita. 

Para marcar a sua consulta, pode contactar-me através do Tel. 963920675 ou email: margaret27.almeida@hotmail.com.

O novo espaço situa-se na Rua da República nº 202, Edifício FozCenter, gabinete 14. Figueira da Foz.

Pode também visitar o meu novo site em: http://margaret27almeida.wix.com/margaretalmeidapsi 

Abertura Consultório de Psicologia - Margaret Almeida

Se sente necessidade de acompanhamento psicológico/psicoterapêutico, mas ainda não o procurou por razões financeiras, tenho a solução para si.
Decidi adaptar o preçário a pensar em si, de forma a poder apoiar todos aqueles que necessitam.

SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS
- Avaliação Psicológica
- Ludoterapia (crianças)
- Psicoterapia (Adolescentes e Adultos)
- Apoio Psicopedagógico
- Apoio Escolar: 1º  ao 9ºano/ Estudo Acompanhado
- Orientação Pessoal e Parental
- Orientação Escolar e Profissional
- Habilitação Neuropsicológica
- Terapêutica EMDR: Depressão, Stress pós-traumático, etc.

ÁREAS DE INTERVENÇÃO:
Consulta de Psicologia Clínica e Psicoterapia com crianças, adolescentes, adultos e idosos
Problemas Conjugais
Criação de Métodos de estudo
Depressão/ Ansiedade/ Stress
Crises de pânico/ Stress pós-traumático
Perda e Luto
Avaliação Psicológica
Consulta de Orientação Escolar e Profissional
Consultas ao Domícilio e Onlline

Localização: Edifício FozCenter, Rua da República 202, Escritório 14.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O que são Terrores Noturnos?

Várias são as problemáticas que podem afetar o sono das crianças. Geralmente, não são graves e passam com a idade, mas é preciso dar-lhes atenção e ajudar a criança a ultrapassá-los. Por este motivo hoje vamos falar de Terrores noturnos.
O terror noturno afeta 3% das crianças e tem uma importante componente familiar. Ocorre com maior frequência entre 5 e 7 anos de idade. Estes terrores podem durar de 30 segundos a 5 minutos, sendo raramente mais longos e as crianças voltam a dormir em seguida. Tais ataques de terror noturno tendem a ocorrer no início da noite, fato que os diferencia dos pesadelos que ocorrem sobretudo no final da noite de sono.

Definem-se os terrores noturnos como um distúrbio caracterizado pelo despertar abrupto que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes. A criança pode estar sentada na cama e apresentar uma expressão aterrorizada apresentando sinais de ansiedade como taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo e até dilatação das pupilas.
As primeiras vezes que os pais se confrontam com um episódio de terrores noturnos estes são sentidos como assustadores, pois encontram o seu filho em sobressalto, uma ou duas horas após ter adormecido, com sinais de agitação, muitas vezes a gritar de olhos abertos, com o olhar fixo e movimentos descoordenados, sem responder aos seus apelos para se acalmar, o que deixa os pais extenuados e perturbados, sem saber como agir.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou.

Muitas vezes, os terrores estão relacionados com algo assustador ou invulgar que ocorreu durante o dia, ou ainda, relacionados com mudanças importantes na vida da criança, tais como entrada no infantário, nascimento de um irmão, ausência de um dos pais, entre outros.

Pondo isto, o que fazer perante um episódio deste género?
1. Não tente acordar a criança, uma vez que esta não o irá ouvir e poderá, ficar mais agitada se se intrometer no terror
3. Não fale sobre o assunto no dia seguinte, uma vez que a criança não se lembra do episódio;
4. Reduza as situações de tensão durante o dia da criança;
5. Estabeleça uma boa rotina de sono, evitando a fadiga;


 Com o passar dos anos sabe-se que os terrores acabam por diminuir e tal como apareceram desaparecem espontaneamente. No entanto a família deve procurar ajuda caso esta situação seja recorrente.
Deixo também algumas sugestões que podem ajudar na prevenção destes terrores noturnos:
- Deixar uma luz de presença e a porta aberta;
- Reconfortar e abraçar a criança antes de adormece-la;
- Pode utilizar o peluche preferido dele e referir que este o protege enquanto dorme;
- deve falar com a criança e verificar com ele que no quarto não existem possíveis monstros.
- Criar um ambiente calmo e confortável no quarto;

- Não expor a criança a situações que lhe causem medo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O que são Parafilias? Que tipos existem?


Anorexia e bulimia

O tema de hoje centra-se sobre os distúrbios alimentares. Iremos abordar dois distúrbios muito frequentes, nomeadamente a Anorexia e a Bulimia.
O termo “distúrbio alimentar” refere-se, regra geral, a distúrbios psicológicos que se caracterizam por graves anomalias no comportamento de ingestão; isto significa que a origem deste distúrbio assenta em alterações psicológicas. Os mais comuns são a anorexia e a bulimia que afeta muito mais as mulheres que os homens, preferencialmente mulheres jovens, e em sociedades desenvolvidas onde predomina e se dá enfase à magreza da mulher. Parece que à medida que aumenta o nível de vida, aumenta o número de pessoas com este distúrbio.
Vamos então esclarecer cada um destes conceitos.
A anorexia nervosa é um distúrbio grave da conduta alimentar em que a pessoa que a sofre apresenta um peso inferior ao que seria de esperar para a sua idade, sexo e cultura. O peso perde-se por uma redução extrema da comida, e quase 50% das pessoas que sofrem usam também o vómito autoinduzido, o abuso de laxantes  ou diuréticos e o exercício extenuante para perder peso.
Estas jovens apresentam um medo intenso de engordar que não diminui à medida que perdem peso; queixam-se que se sentem gordas, mesmo estando esqueléticas e podem demonstrar uma recusa em manter o seu peso corporal acima do mínimo normal para a sua altura e idade.
Com estas alterações, estas mulheres chegam a ter ausência dos seus ciclos menstruais, podendo em situações de risco esta perda de peso exagerada conduzir à morte.
Por outro lado, temos a bulimia nervosa, que é outro distúrbio grave da conduta alimentar, no qual muitos indivíduos, sobretudo mulheres, apresentam frequentes episódios de ansiedade, habitualmente vomitam, ou mais raramente tomam laxantes ou diuréticos para prevenir o aumento de peso. O vómito é autoinduzido e geralmente diário e é acompanhado por um medo doentio de engordar.
Estas mulheres, na sua maioria, apresentam um peso normal, ainda que existam mulheres obesas. Geralmente são mais velhas do que aquelas que têm anorexia. A média de idades situa-se nos 17anos.
Por ser um comportamento secreto, e não acusar uma perda de peso tão acentuada, passa despercebida durante muito tempo. Alguns fatores a que podemos estar atentos são os episódios recorrentes de voracidade que estas apresentam, ou seja, consomem grandes quantidades de comida num curto período de tempo. Têm uma sensação de falta de controlo durante o episódio bulímico; utilizam regularmente o vómito, dietas restritas, e o exercício físico para prevenir o aumento de peso; têm uma preocupação intensa com o peso e as medidas, e a frequência mínima destes episódios é de dois por semana.
Os sentimentos que predominam em pacientes com estas alterações, sejam anoréxicas sejam bulímicas, são negativos. Metidas num beco sem saída da tentativa de controlo sobre a comida para mudar o seu corpo, veem-se, por sua vez, controladas pelo problema.
Sentimentos de tristeza, ansiedade, baixa auto estima e depressão podem estar associados. Observam-se por vezes pensamentos circulares, repetitivos, persistentes sobre a comida e o peso, quase que poderiam descrever-se como obsessivo-compulsivas. Chegam a pensar que “se não me considero atraente, então não sirvo para nada”.
Todas estas alterações levam também à diminuição da sua rede social. Devido às restrições sociais que se autoimpõem para não serem observadas nem julgadas, favorecem uma certa fobia social, pois ao fugir destas situações sentem-se mais relaxadas e por isso tendem a evitá-las com mais frequência.

Visto ser uma problemática que além de envolver as emoções, envolve o corpo e que pode levar à morte, esteja atento a estes sinais, e se desconfia de alguém que esteja a sofrer desta problemática, ajude-a e encaminhe-a o mais rapidamente possível para o seu médico e psicólogo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hoje vamos definir limites...

Hoje vamos falar de limites, ou seja, falamos da importância que tem na vida da criança e dos seus pais, a definição de limites e ensinar à criança que os deve respeitar e cumprir. Para isso vou deixar-vos algumas técnicas a utilizar sempre que estes limites sejam desrespeitados pela criança.
Temos como estratégia a utilizar a técnica do time-out ou tempo de pausa, para eliminar um comportamento desajustado da criança. Este tempo de pausa é particularmente útil em situações em que a criança revela estar a sentir dificuldades em gerir as emoções associadas ao comportamento desajustado e deve ser usado para comportamentos que a criança já sabe que não são apropriados.
Isto significa que para acalmar a criança e acalmar-se a si, pode retirar o seu filho  do local onde aconteceu a asneira e levá-la para outro lugar onde ele possa estar sentado, sem distrações. Deve explicar-lhe que ele ficará ali uns minutos até se acalmar e que não pode sair enquanto não lhe for permitido. 
Esta técnica, denominada  “time-out/tempo de pausa”, não é um castigo. Tem como objetivo ajudar a criança a controlar-se internamente, a acalmar-se e a pensar no que fez.

 Durante o “time-out “não deve dar-lhe atenção, nem mesmo para lhe explicar que o que fez foi errado. Fazê-lo neste momento é contraproducente e acabará por tornar esta técnica ineficaz.
Outra questão a ter em conta é o tempo que a criança deve permanecer no “time-out”.  O cálculo a fazer é de um minuto por cada ano de vida, sendo uma técnica que pode ser aplicada a partir dos dois anos de idade.   
Para uma criança de dois anos ficar dois minutos ficar quieta, sentada, já vai ser uma eternidade. Não deve ser deixada sozinha mais tempo, pois acabará por se chatear, distrair e voltar a fazer uma asneira.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O que é a Esquizofrenia?

Como tema de hoje temos a Esquizofrenia, muitas pessoas perguntam o que é a esquizofrenia? Quem adoece? Quais os sintomas? Qual a causa, e como evolui? Será que a família pode ajudar? Vamos hoje tentar responder as estas questões.
A esquizofrenia é uma das mais importantes doenças mentais existentes, considerada como devastadora pelas consequências que acarreta, tanto para o paciente como para a sua família. A sua prevalência é de aproximadamente 1% na população  e faz prever que existam cerca de 100 000 doentes com esquizofrenia em Portugal. O seu aparecimento é mais comum na adolescência ou inicio da idade adulta, sendo rara na infância ou após os 50 anos.
A esquizofrenia apresenta sintomas diversificados e complexos que incluem:
- Delírios
-   Alterações da perceção
-   Alucinações
-    Discurso desorganizado
-    O pensamento, os afetos, o comportamento, o contacto visual são também afetados, tal como evidência de anomalias motoras.
-     Surge frequentemente um quadro amotivacional, ou seja:
-   abulia que é uma falta de vontade e iniciativa ou desinteresse que se reflete no aspeto físico e na higiene pessoal,
- Anedonia, ou seja, não sentem satisfação em atividades que antes lhes proporcionavam grande prazer
-  apatia  pela atitude de não envolvimento e ausência de desejos,
-  um isolamento social pela recusa em sair com outras pessoas, e desinvestimento de relações intimas
-  existe um embotamento afetivo, ou seja, os sentimentos estão mais esbatidos e pouco expressivos, sendo para eles difícil exprimir sentimentos ou emoções e apresentam uma mimica facial pobre,
-  existe pobreza do discurso, comunicação pouco espontânea, limitada a algumas palavras e
-  problemas no conteúdo do pensamento que se torna pobre  e o diálogo difícil.

Para apoiar estes doentes é importante a existência de um programa integrado, onde o médico o psicólogo e o apoio ao paciente estejam presentes, assim como o apoio e a informação à família do paciente.
Os portadores de esquizofrenia, pelas características da própria doença, passam a maior parte do tempo com as suas famílias. Estes familiares também sofrem com o desgaste provocado pelo transtorno. A esquizofrenia pode então interferir nas relações familiares, provocar sentimentos negativos, como raiva, medo e angústia, pela sensação de impotência que os sintomas trazem.
A pessoa com esquizofrenia tem uma maior vulnerabilidade ao stress, ou seja, é menos tolerante e reage mal aquando de uma situação de sobrecarga emocional. Isto explica, por exemplo, porque um ambiente familiar negativo pode ser tão danoso à estabilidade ou porque muitos pacientes entram em crise em momentos de perigo, trauma ou stress.

A título de curiosidade, existem também alguns esquizofrénicos famosos, tal como John Forbes Nash Jr, um um reconhecido matemático, que apesar de sofrer desta perturbação, concebeu grandes feitos, sendo reconhecidos publicamente, o que significa que nem sempre a esquizofrenia leva a um estado de demência e estes poderão viver uma vida equilibrada em sociedade.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O que é a Perturbação Obsessivo-compulsiva?


Hoje vamos falar de uma perturbação muito comum, denominada Perturbação obsessivo-compulsiva. E muitos perguntam, que perturbação é esta?
Digamos que esta perturbação é definida pela presença de pensamentos que incomodam a pessoa, quer porque surgem insistentemente, quer porque o seu conteúdo provoca ansiedade, mas, por mais que tentem, não conseguem livrar-se destes pensamentos.
É comum a pessoa sentir necessidade de repetir algumas ações várias vezes, sem nenhum motivo aparente.
Passarem muito tempo em atividades de limpeza pessoal, da casa ou dos objetos que os rodeiam.
Verificam frequentemente aquilo que fazem, dando origem a que as suas atividades de rotina diária levem muito tempo a ser executadas.
Preocupam-se também com questões de organização dos objetos, a sua localização correta e com a sua simetria.
Percebemos assim que esta é uma perturbação profundamente limitadora da qualidade de vida, por isso é importante que a pessoa procure acompanhamento terapêutico para minimizar as suas obsessões e compulsões.
Digamos que as obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens mentais, desagradáveis, e que surgem de uma forma repetida e que resistem a ser expulsos da consciência. Estas obsessões originam um elevado desconforto e ansiedade e a pessoa sente-se compelida a fazer algo para reduzir esse mal-estar. Surgem, assim, as compulsões, ou rituais compulsivos, que acabam por cumprir uma função de controlo da ansiedade, ainda que inadequado. Estes comportamentos protetores são, na maior parte das vezes, comportamentos exteriores e, contrariamente às obsessões, que se passam na privacidade do espírito de cada um, tornam-se bastante visíveis para os outros.
Já sabe, se sofre desta perturbação procure ajuda, não continue em sofrimento.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Como ajudar as crianças a enfrentar a perda de um ente querido?


O tema de hoje tem como objetivo tentar ajudar todos aqueles que vivem um momento de luto, no qual se encontram envolvidas crianças que perderam um ente querido. Este é um assunto muito difícil, triste e muitos não sabem como reagir ou agir perante uma situação destas. Afinal, quem gosta de falar com uma criança a respeito da morte? A resposta só poderá ser…ninguém.
Enquanto adultos, e sobretudo enquanto pais, o que querem é proteger os seus filhos de experiências dolorosas, e a morte de um ente querido é a mais dolorosa de todas.
Contudo, as crianças, tal como nós, também vivem a vida, não estão apenas a preparar-se para ela. E porque a morte faz parte da vida, não pode deixar de as tocar.
A infância é um tempo de ternura, e é com ternura que devemos abordar a questão da morte com as crianças. Também não existem fórmulas mágicas para suprimir o desgosto rapidamente e sem dor.
Quando existem crianças afetadas pela morte de alguém, há coisas que são importantes saber para se poder agir desde o primeiro momento e para as ajudar a ultrapassar o choque inicial, tendo em conta a sua idade.
Para vos ajudar, vamos falar sobre uma questão pertinente: como posso falar aos meus filhos a respeito da morte?
A resposta é simples, com amor e carinho, usando palavras simples e sinceras. Sente-se com eles num local sossegado, envolva-os num abraço e diga o que tem a dizer. Não tenha medo de utilizar palavras como “morreu” ou “morte”. Com frases curtas relate-lhes a morte do falecido e evite eufemismos para a morte, tais como “desapareceu”, ou “partiu para uma longa viagem”. Essas palavras podem alimentar os receios da criança de ter sido abandonada e dão origem a medo e a confusão.
Nunca diga que um ente querido “adormeceu”, pois isso fará com que a criança tenha medo de ir para a cama à noite. Muitas crianças perguntam: “o que quer dizer morreu?”, mais uma vez, use palavras simples e diretas: “significa que o corpo parou totalmente. Já não pode andar, respirar, comer, dormir, falar, ouvir ou sentir”.
Noutras oportunidades iremos abordar outras questões acerca desta temática que é tão difícil e tão menosprezada: a morte de um ente querido. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Doenças Psicossomáticas??


Hoje vamos perceber e definir o que são doenças psicossomáticas. Digamos que as doenças psicossomáticas, ou simplesmente somatizar, são sintomas ou doenças biológicas, com origem em fatores psicológicos. Isto porque existe um dualismo entre o corpo e a mente, e estas influenciam-se diretamente, logo, se a mente não está bem o corpo poderá ficar mal, originando algumas doenças.
As doenças e os sintomas psicossomáticos têm assim origem em emoções negativas internas e não exteriorizadas.
Os medos, as emoções reprimidas, os sentimentos de culpa, a rejeição, são exemplos de emoções que se não forem devidamente exteriorizadas, irão ter repercussões a nível psicológico e também a nível físico.
Está também provado que quando a pessoa se sente bem e faz coisas de que gosta, que lhe dá prazer, o organismo torna-se mais saudável, e o sistema imunitário aumenta também a sua eficiência.
Resumindo, é como se as emoções negativas nos tornassem muito mais propensos a doenças e sintomas.
Logo, é necessário, exteriorizar as emoções e fazer atividades que deem bem-estar e prazer. È muito importante aprender a transformar o sofrimento para não vir a sofrer desta problemática.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Características do Autista


O tema que vos trago hoje é o Autismo. Vamos começar por tentar perceber o que é o autismo.
Este é definido como uma alteração "cerebral" / "comportamental" que afeta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
O Autismo é uma Perturbação do Desenvolvimento que afeta muitos aspetos, tais como a forma como a criança compreende o mundo que a rodeia e o modo como aprende com as suas experiências. Estas crianças, não apresentam o desejo natural de contacto social, e a sua atenção e o reconhecimento dos outros não é para eles relevante.

As características essenciais da Perturbação Autística são a presença de um desenvolvimento acentuadamente anormal ou deficitário da interação e comunicação social e um repertório acentuadamente restritivo de atividades e interesses.
Embora as primeiras manifestações do autismo comecem sempre antes dos três anos, são muito raros os diagnósticos em bebes menores de 12 meses, pois, os sintomas nesta fase costumam ser insidiosos e obscuros.
Quase sempre, os primeiros sintomas são acompanhados de problemas persistentes de alimentação, falta de sono, excitabilidade inexplicável, condutas de pânico, medo de pessoas e lugares estranhos.
Na etapa ente os dois e cinco/seis anos, a imagem da criança alheia aos estímulos externos, encerrada em ações e rituais sem sentido, indiferente às pessoas, toma nesta idade sentido. Por vezes, surgem também as autoagressões e os balanceamentos.
Vou enumerar algumas características comuns do paciente autista:
·         Este tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
·         Parece surdo, apesar de não o ser,
·         Pode começar a desenvolver a linguagem, mas repentinamente ela é completamente interrompida.
·         Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
·         Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
·         Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
·         Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
·         Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
·         Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
·         Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.
·         Normalmente estas crianças falham no desenvolvimento de relações sociais com os pares, que seriam adequadas ao seu nível etário.
·         Pode também ocorrer uma ausência de busca espontânea, e da partilha de interesses com outras pessoas.
·         Atinge tanto as aptidões verbais como as não verbais.
·         Nos sujeitos que falam pode observar-se uma acentuada incapacidade na competência para iniciar ou manter uma conversação com os outros, ou um uso estereotipado ou repetitivo da linguagem.
Resumindo: esta perturbação pode manifestar-se por atraso ou desvio no desenvolvimento em cada uma destas áreas, antes dos três anos de idade:
         Interação Social;
         Linguagem usada na Comunicação Social;
         Jogo Simbólico ou Imaginativo.

Estas crianças com perturbação autista precisam de uma intervenção individualizada, nunca esquecendo que neste processo devem sempre estar envolvidos os pais, os professores e todos aqueles que são mais próximos e mais significativos para a criança e para o seu desenvolvimento.

terça-feira, 30 de abril de 2013

O alcoolismo


Hoje vamos abordar uma temática que afeta adultos e cada vez mais jovens adolescentes: o alcoolismo.
O acesso facilitado às bebidas alcoólicas é um problema que facilita a entrada dos jovens cada vez mais cedo no mundo do álcool.
No entanto beber de forma regrada é diferente de ser um alcoólico. Digamos que o alcoolismo é definido por um consumo excessivo e consistente de bebidas alcoólicas. O que se pode questionar é quais as implicações desse consumo excessivo na pessoa?
O alcoolismo acaba por afetar o individuo, nomeadamente a nível pessoal, familiar, social e profissional.
Suspeita-se que a “transformação” de não alcoólico para alcoólico se deve a um conjunto de fatores, desde o ambiente social, a saúde mental, a estabilidade emocional, até à predisposição genética.
Para muitos investigadores o álcool é visto como uma forma de negação da realidade e ao mesmo tempo desresponsabilização dos próprios atos e de comportamentos inadequados, em suma, é como se estivessem a anestesiar a dor.
O alcoolismo, ou simplesmente o consumo de bebidas alcoólicas com regularidade, pode levar à morte de forma indireta, provocar lesões, problemas neurológicos e cardiovasculares.
O tratamento do alcoolismo “é multidisciplinar”. Psicólogos, médicos, enfermeiros, etc., cooperam de forma a aumentar a probabilidade de sucesso de recuperação do individuo. Mas mesmo assim a taxa de recaída é muito elevada.
Posto isto, percebemos que o alcoolismo é uma doença psicológica séria que necessita de tratamento, tendo prejuízos a vários níveis, podendo mesmo levar à morte. Por isso, quando beber, seja moderado e pense nisto.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Conselhos para lidar com as birras


Anteriormente dissemos que as birras são a forma pela qual as crianças conseguem expressar a sua raiva ou aborrecimento de forma imatura.
 De facto, as birras representam um dos grandes problemas da educação parental.
Por isto mesmo vou deixar-vos como prometido, algumas dicas de forma a minimizar e até mesmo acabar com as birras:
·         Primeiro, é importante ensinar os filhos a expressarem-se por palavras, ou seja, pedir à criança que explique o “porquê” do que está a sentir.
·         Durante esta fase, deverão ser pacientes, pois a criança não vai mudar radicalmente o seu comportamento, mas antes de forma gradual. É importante que os pais não percam o controlo, mostrando assim o exemplo.
·         Deverão ser sempre consistentes e não ceder às birras. O primeiro passo é minimizar a sua importância. Quando diz “não” é não e mantenha esse “não” até ao fim, independentemente da birra e do escândalo que possa ocorrer, pois mais importante que o “não” ou o “sim” é a coerência do seu comportamento.
·         Como tal deverá também cumprir sempre o que prometeu, seja para o bem ou para o mal.
·         É muito importante que atue no momento da birra, ou seja, qualquer forma de punição ou castigo, deve ser transmitida no momento da birra. Não devemos usar os termos “lá em casa falamos”, se possível “fale naquele momento”, pois o objetivo dos castigos são definir normas e estabelecer limites.
·         Para terminar, sempre que possível tente prevenir estas birras, pois elas ocorrem normalmente quando as crianças estão mais cansadas ou com sono.
Não espere que estas dicas funcionem à primeira, pois isto será um processo gradual, mas seja persistente, não perca a consistência nem a coerência. Pense que daqui a uns anos, o seu filho será uma criança mais feliz e saudável porque teve alguém a seu lado que soube impor limites com coerência e consistência.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Porque surgem as birras?


O tema de hoje aborda uma questão que frequentemente me é colocada pelos educadores: o que posso fazer perante as birras do meu filho? Digamos que este é o contante desafio pelo qual os pais passam aquando a educação dos seus filhos. Coloca-se então a seguinte questão: Mas afinal o que é uma birra?
A birra é a forma pela qual a criança consegue expressar a sua raiva ou aborrecimento de forma imatura. È visível através do choro, de gritos, pontapés, de cabeçadas nos móveis, nas paredes, etc.
Não há crianças iguais, porém as birras fazem parte do desenvolvimento da criança, tendendo a desaparecer à medida que a idade avança. Não existem quantidades exatas para a frequência de birras, nem existem prazos definidos para que essas terminem. Cada criança é diferente, logo, têm a sua própria personalidade e necessidades próprias.
Digamos que a Birra é um tipo de “chantagem” que a criança faz quando é confrontada com a negação de qualquer coisa. Em que a criança só “pára” de ter um comportamento desadequado quando se lhe é feita a vontade.
Esta tem origem na incapacidade e imaturidade emocional para lidar com a negação ou frustração, típica dos primeiros anos de idade. Numa próxima oportunidade falaremos sobre conselhos que podemos aproveitar para que todos possam atuar de forma eficaz quando estas birras ocorrem. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que sabe sobre o amor?


Hoje vamos falar de amor, tema mais do que oportuno quando pensamos na chegada da primavera, no sol, no desabrochar das flores e no chilrear dos passarinhos. Muitos foram os poetas, filósofos que tentaram definir este conceito, ou seja o amor e o ato de amar, mas nunca chegaram a um consenso.
O amor e as relações de intimidade são parte integrante e central na vida dos indivíduos, parecendo até que, de acordo com a linha da evolução, estão programados para se apaixonarem, criarem laços, construírem vínculos e se comprometerem na construção de uma relação a dois. De facto, os seres humanos têm uma necessidade básica para ser aceites e cuidados e retribuir essa aceitação e cuidado – em suma, de amar e ser amado.
Atualmente, após algumas investigações pode dizer-se que não existe uma única forma de amar, mas antes 6 formas de amar diferentes.
Uma relação amorosa é constituída por duas pessoas, do mesmo sexo ou não, com personalidades, experiências e formas de ver o mundo diferentes. Numa relação, as pessoas não podem ser vistas como um conjunto de duas pessoas separadas, mas como um conjunto de duas pessoas que interagem, se estruturam e se comportam em função do comportamento uma da outra. Assim, ambas são responsáveis pela manutenção dessa relação.
Para o investigador Nelson Lima, existem então 6 formas de amar:
O primeiro será o amor romântico, existente sobretudo na adolescência, marcado por muita paixão e atração sexual que quando é levada ao extremo, pode originar o suicídio. O segundo será do tipo possessivo, onde predominará o ciúme e os sentimentos de posse, provocando emoções extremas e inconstantes, exigindo do outro uma atenção constante.
O terceiro é do tipo cooperativo, e é o típico amor que nasce de uma antiga amizade, na qual partilharam experiências e interesses, e onde existe muito companheirismo e cumplicidade. O quarto tipo de amor é pragmático, característico de pessoas práticas e por norma com uma educação severa. Minimizam e reprimem os sentimentos, e muito raramente expressam o carinho que sentem pelo outro.
O penúltimo tipo é denominado de lúdico, é típico em homens, jovens adultos, que procuram emoções intensas e ao mesmo tempo passageiras, são autênticos pinga amores. Por fim, o último, será o amor altruísta, característico de pessoas dispostas a anular-se em prol do parceiro. Afastam-se do mundo e vivem apenas para a pessoa amada. Mesmo que esta não corresponda da mesma forma.
Pondo isto, deixo a questão no ar: qual o seu tipo de amor?

terça-feira, 23 de abril de 2013

A Importância do brincar...



O tema de hoje centra-se sobre a importância do brincar para as crianças.
Brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância. No entanto, este ato nem sempre foi valorizado, destituído até do seu valor a nível educativo. Com o evoluir dos tempos, ocorreu uma mudança e começa-se agora a dar a importância devida a este ato.

Mais do que uma "ferramenta", o brincar é uma condição essencial para o desenvolvimento da criança. Através da brincadeira, ela pode desenvolver capacidades como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação.
 Ao brincar, as crianças exploram e refletem a realidade e a cultura na qual estão inseridas, interiorizando-as e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis sociais.
O brincar potencia o desenvolvimento, já que assim aprende a conhecer, aprende a fazer, aprende a conviver e, sobretudo, aprende a ser.
 Para além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.

Através da brincadeira, as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação.
 Os jogos das criança não são apenas recordações do que veem os adultos fazerem. Elas nunca reproduzem legitimamente a realidade que vivenciam e o que acontece é antes uma transformação criadora do que sentem para a formação de uma nova realidade, que responda às exigências e inclinações da própria criança, ou seja, eles reinventam a realidade.

Os problemas que surgem na manipulação dos brinquedos e  jogos, fazem com que a criança tenha oportunidade de crescer através da procura de soluções e alternativas. Por exemplo, um boneco pode ser um bom companheiro e aliado; uma bola, um promotor do desenvolvimento motor; um puzzle, estimular o desenvolvimento cognitivo e o simples ato de jogar xadrez pode incutir regras.
Os pais por sua vez devem estimular a imaginação das crianças, despertando ideias, questionando-as de forma a que elas próprias procurem soluções para os problemas que surjam, ajudando-as assim a crescer. Este ato relacional irá reforçar os laços afetivos entre eles.
Um adulto, ao brincar com uma criança, está a fazer uma demonstração do seu amor. A participação dos pais nas brincadeiras eleva o nível de interesse, enriquece e estimula a imaginação das crianças.
O brincar é assim a forma mais completa que a criança tem de comunicar consigo mesma e com o mundo.
Por tudo isto, não se esqueça, bastam 15 minutos por dia com o seu filho para que este se sinta feliz, perceba que é amado e ao mesmo tempo está a estimular o seu crescimento e por sua vez, recorda os seus momentos de infância. Por isso brinque, não tenha medo de ser criança novamente.

sábado, 30 de março de 2013

Rubrica "Psicologia do sentir" na Foz do Mondego Radio 99.1

A pensar em si e no seu sentir, poderá ouvir todos os dias da semana entre as 8h e as 9h, em 99.1Fm, um excerto dos textos abordados à segunda feira, na rubrica "Psicologia do sentir"...

terça-feira, 26 de março de 2013

A doença de Alzheimer


Gostava hoje de abordar a doença de alzheimer e tentar desmistificar esta doença.
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas entre elas: a memória, a atenção, a concentração, a linguagem e o pensamento. Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária. 
Em termos neuropatológicos, a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar. 
A Doença de Alzheimer afeta em regra pessoas com mais de 50anos.
A doença instala-se de modo insidioso, e progride lentamente, às vezes com períodos estacionários, e até com aparentes mas fugazes, remissões.
Numa primeira fase, quase só os doentes notam as suas falhas. Sentem que a memória não responde como antes, que se esquecem de dados do dia-a-dia, que não dominam os assuntos, ficam ansiosos e deprimidos. Entretanto o tempo vai passando, a situação agrava-se, os erros dos doentes tornam-se manifestos, as fallhas de memória são agora evidentes. Os familiares tornam-se apreensivos.
A doença progride, os doentes fazem disparates flagrantes e, desorientados perdem-se com facilidade. Muitas embora, por vezes consigam manter práticas sociais, no entanto têm discursos vazios, sem vida. A personalidade dos doentes, passado mais algum tempo, está francamente deteriorada, deixam de conhecer familiares e amigos e de identificar os ambientes, o débito do discurso é com frequência pobre. Por vezes têm alucinações e ideias paranoides e chegam a ser agressivos. Não se vestem sozinhos, perdem os modos de comer que tinham, passando a comer só com a colher ou com a mão, e acidentalmente, têm incontinência dos esfíncteres. Na última fase da doença, os doentes, confinados à cama, em mutismo, precisam de ser alimentados a soro e poderão estar incontinentes. A morte ocorre muitas vezes devido a infeções respiratórias.
O diagnóstico desta doença não é fácil no início, já que estabelece um contínuo com o envelhecimento normal, passando pelo defeito cognitivo ligeiro.
A causa da doença é ainda desconhecida e em Portugal estima-se que existam perto de 90.000 pessoas com esta patologia. Face ao envelhecimento da população nos estados-membros da União Europeia os especialistas preveem uma duplicação destes valores em 2040 na Europa Ocidental, podendo atingir o triplo na Europa de Leste. 

Para finalizar deixo 10 sinais de altera a que devem estar atentos para uma prevenção precoce:

- perda de memoria
- Dificuldade em planear ou resolver problemas
- dificuldade em executar tarefas familiares
- perda da noção do tempo e desorientação
- Dificuldade em perceber imagens visuais e relações especiais
- Problemas de linguagem
- Trocar o lugar das coisas
- Discernimento fraco ou diminuído
- Afastamento do trabalho e da vida social Alterações de humor e personalidade.
Se desconfia que algum destes sintomas se adequa aquilo que sente, peça ajuda.