"O amor cura tudo", M. Klein.
O amor incondicional, a contingência que damos e recebemos é aquilo que nos faz sentir o quanto somos importantes.
"O amor pela palavra"

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O que são Terrores Noturnos?

Várias são as problemáticas que podem afetar o sono das crianças. Geralmente, não são graves e passam com a idade, mas é preciso dar-lhes atenção e ajudar a criança a ultrapassá-los. Por este motivo hoje vamos falar de Terrores noturnos.
O terror noturno afeta 3% das crianças e tem uma importante componente familiar. Ocorre com maior frequência entre 5 e 7 anos de idade. Estes terrores podem durar de 30 segundos a 5 minutos, sendo raramente mais longos e as crianças voltam a dormir em seguida. Tais ataques de terror noturno tendem a ocorrer no início da noite, fato que os diferencia dos pesadelos que ocorrem sobretudo no final da noite de sono.

Definem-se os terrores noturnos como um distúrbio caracterizado pelo despertar abrupto que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes. A criança pode estar sentada na cama e apresentar uma expressão aterrorizada apresentando sinais de ansiedade como taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo e até dilatação das pupilas.
As primeiras vezes que os pais se confrontam com um episódio de terrores noturnos estes são sentidos como assustadores, pois encontram o seu filho em sobressalto, uma ou duas horas após ter adormecido, com sinais de agitação, muitas vezes a gritar de olhos abertos, com o olhar fixo e movimentos descoordenados, sem responder aos seus apelos para se acalmar, o que deixa os pais extenuados e perturbados, sem saber como agir.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou.

Muitas vezes, os terrores estão relacionados com algo assustador ou invulgar que ocorreu durante o dia, ou ainda, relacionados com mudanças importantes na vida da criança, tais como entrada no infantário, nascimento de um irmão, ausência de um dos pais, entre outros.

Pondo isto, o que fazer perante um episódio deste género?
1. Não tente acordar a criança, uma vez que esta não o irá ouvir e poderá, ficar mais agitada se se intrometer no terror
3. Não fale sobre o assunto no dia seguinte, uma vez que a criança não se lembra do episódio;
4. Reduza as situações de tensão durante o dia da criança;
5. Estabeleça uma boa rotina de sono, evitando a fadiga;


 Com o passar dos anos sabe-se que os terrores acabam por diminuir e tal como apareceram desaparecem espontaneamente. No entanto a família deve procurar ajuda caso esta situação seja recorrente.
Deixo também algumas sugestões que podem ajudar na prevenção destes terrores noturnos:
- Deixar uma luz de presença e a porta aberta;
- Reconfortar e abraçar a criança antes de adormece-la;
- Pode utilizar o peluche preferido dele e referir que este o protege enquanto dorme;
- deve falar com a criança e verificar com ele que no quarto não existem possíveis monstros.
- Criar um ambiente calmo e confortável no quarto;

- Não expor a criança a situações que lhe causem medo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O que são Parafilias? Que tipos existem?


Anorexia e bulimia

O tema de hoje centra-se sobre os distúrbios alimentares. Iremos abordar dois distúrbios muito frequentes, nomeadamente a Anorexia e a Bulimia.
O termo “distúrbio alimentar” refere-se, regra geral, a distúrbios psicológicos que se caracterizam por graves anomalias no comportamento de ingestão; isto significa que a origem deste distúrbio assenta em alterações psicológicas. Os mais comuns são a anorexia e a bulimia que afeta muito mais as mulheres que os homens, preferencialmente mulheres jovens, e em sociedades desenvolvidas onde predomina e se dá enfase à magreza da mulher. Parece que à medida que aumenta o nível de vida, aumenta o número de pessoas com este distúrbio.
Vamos então esclarecer cada um destes conceitos.
A anorexia nervosa é um distúrbio grave da conduta alimentar em que a pessoa que a sofre apresenta um peso inferior ao que seria de esperar para a sua idade, sexo e cultura. O peso perde-se por uma redução extrema da comida, e quase 50% das pessoas que sofrem usam também o vómito autoinduzido, o abuso de laxantes  ou diuréticos e o exercício extenuante para perder peso.
Estas jovens apresentam um medo intenso de engordar que não diminui à medida que perdem peso; queixam-se que se sentem gordas, mesmo estando esqueléticas e podem demonstrar uma recusa em manter o seu peso corporal acima do mínimo normal para a sua altura e idade.
Com estas alterações, estas mulheres chegam a ter ausência dos seus ciclos menstruais, podendo em situações de risco esta perda de peso exagerada conduzir à morte.
Por outro lado, temos a bulimia nervosa, que é outro distúrbio grave da conduta alimentar, no qual muitos indivíduos, sobretudo mulheres, apresentam frequentes episódios de ansiedade, habitualmente vomitam, ou mais raramente tomam laxantes ou diuréticos para prevenir o aumento de peso. O vómito é autoinduzido e geralmente diário e é acompanhado por um medo doentio de engordar.
Estas mulheres, na sua maioria, apresentam um peso normal, ainda que existam mulheres obesas. Geralmente são mais velhas do que aquelas que têm anorexia. A média de idades situa-se nos 17anos.
Por ser um comportamento secreto, e não acusar uma perda de peso tão acentuada, passa despercebida durante muito tempo. Alguns fatores a que podemos estar atentos são os episódios recorrentes de voracidade que estas apresentam, ou seja, consomem grandes quantidades de comida num curto período de tempo. Têm uma sensação de falta de controlo durante o episódio bulímico; utilizam regularmente o vómito, dietas restritas, e o exercício físico para prevenir o aumento de peso; têm uma preocupação intensa com o peso e as medidas, e a frequência mínima destes episódios é de dois por semana.
Os sentimentos que predominam em pacientes com estas alterações, sejam anoréxicas sejam bulímicas, são negativos. Metidas num beco sem saída da tentativa de controlo sobre a comida para mudar o seu corpo, veem-se, por sua vez, controladas pelo problema.
Sentimentos de tristeza, ansiedade, baixa auto estima e depressão podem estar associados. Observam-se por vezes pensamentos circulares, repetitivos, persistentes sobre a comida e o peso, quase que poderiam descrever-se como obsessivo-compulsivas. Chegam a pensar que “se não me considero atraente, então não sirvo para nada”.
Todas estas alterações levam também à diminuição da sua rede social. Devido às restrições sociais que se autoimpõem para não serem observadas nem julgadas, favorecem uma certa fobia social, pois ao fugir destas situações sentem-se mais relaxadas e por isso tendem a evitá-las com mais frequência.

Visto ser uma problemática que além de envolver as emoções, envolve o corpo e que pode levar à morte, esteja atento a estes sinais, e se desconfia de alguém que esteja a sofrer desta problemática, ajude-a e encaminhe-a o mais rapidamente possível para o seu médico e psicólogo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hoje vamos definir limites...

Hoje vamos falar de limites, ou seja, falamos da importância que tem na vida da criança e dos seus pais, a definição de limites e ensinar à criança que os deve respeitar e cumprir. Para isso vou deixar-vos algumas técnicas a utilizar sempre que estes limites sejam desrespeitados pela criança.
Temos como estratégia a utilizar a técnica do time-out ou tempo de pausa, para eliminar um comportamento desajustado da criança. Este tempo de pausa é particularmente útil em situações em que a criança revela estar a sentir dificuldades em gerir as emoções associadas ao comportamento desajustado e deve ser usado para comportamentos que a criança já sabe que não são apropriados.
Isto significa que para acalmar a criança e acalmar-se a si, pode retirar o seu filho  do local onde aconteceu a asneira e levá-la para outro lugar onde ele possa estar sentado, sem distrações. Deve explicar-lhe que ele ficará ali uns minutos até se acalmar e que não pode sair enquanto não lhe for permitido. 
Esta técnica, denominada  “time-out/tempo de pausa”, não é um castigo. Tem como objetivo ajudar a criança a controlar-se internamente, a acalmar-se e a pensar no que fez.

 Durante o “time-out “não deve dar-lhe atenção, nem mesmo para lhe explicar que o que fez foi errado. Fazê-lo neste momento é contraproducente e acabará por tornar esta técnica ineficaz.
Outra questão a ter em conta é o tempo que a criança deve permanecer no “time-out”.  O cálculo a fazer é de um minuto por cada ano de vida, sendo uma técnica que pode ser aplicada a partir dos dois anos de idade.   
Para uma criança de dois anos ficar dois minutos ficar quieta, sentada, já vai ser uma eternidade. Não deve ser deixada sozinha mais tempo, pois acabará por se chatear, distrair e voltar a fazer uma asneira.