Gostava hoje de abordar
a doença de alzheimer e tentar desmistificar esta doença.
A Doença de Alzheimer é
um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e
irreversível de diversas funções cognitivas entre elas: a memória, a atenção, a
concentração, a linguagem e o pensamento. Esta deterioração tem como
consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade
funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida
diária.
Em termos neuropatológicos,
a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes
do cérebro, com algumas causas ainda por determinar.
A Doença de Alzheimer
afeta em regra pessoas com mais de 50anos.
A doença instala-se de
modo insidioso, e progride lentamente, às vezes com períodos estacionários, e
até com aparentes mas fugazes, remissões.
Numa primeira fase,
quase só os doentes notam as suas falhas. Sentem que a memória não responde
como antes, que se esquecem de dados do dia-a-dia, que não dominam os assuntos,
ficam ansiosos e deprimidos. Entretanto o tempo vai passando, a situação
agrava-se, os erros dos doentes tornam-se manifestos, as fallhas de memória são
agora evidentes. Os familiares tornam-se apreensivos.
A doença progride, os
doentes fazem disparates flagrantes e, desorientados perdem-se com facilidade.
Muitas embora, por vezes consigam manter práticas sociais, no entanto têm
discursos vazios, sem vida. A personalidade dos doentes, passado mais algum
tempo, está francamente deteriorada, deixam de conhecer familiares e amigos e
de identificar os ambientes, o débito do discurso é com frequência pobre. Por
vezes têm alucinações e ideias paranoides e chegam a ser agressivos. Não se
vestem sozinhos, perdem os modos de comer que tinham, passando a comer só com a
colher ou com a mão, e acidentalmente, têm incontinência dos esfíncteres. Na
última fase da doença, os doentes, confinados à cama, em mutismo, precisam de
ser alimentados a soro e poderão estar incontinentes. A morte ocorre muitas
vezes devido a infeções respiratórias.
O diagnóstico desta doença não é fácil
no início, já que estabelece um contínuo com o envelhecimento normal, passando
pelo defeito cognitivo ligeiro.
A causa da doença é ainda desconhecida e
em Portugal estima-se que existam perto de 90.000 pessoas com esta patologia. Face
ao envelhecimento da população nos estados-membros da União Europeia os
especialistas preveem uma duplicação destes valores em 2040 na Europa
Ocidental, podendo atingir o triplo na Europa de Leste.
Para
finalizar deixo 10 sinais de altera a que devem estar atentos para uma
prevenção precoce:
- perda de memoria
- Dificuldade em planear ou resolver
problemas
- dificuldade em executar tarefas
familiares
- perda da noção do tempo e
desorientação
- Dificuldade em perceber imagens
visuais e relações especiais
- Problemas de linguagem
- Trocar o lugar das coisas
- Discernimento fraco ou diminuído
- Afastamento do trabalho e da vida
social Alterações de humor e personalidade.
Se desconfia que algum destes sintomas
se adequa aquilo que sente, peça ajuda.
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