"O amor cura tudo", M. Klein.
O amor incondicional, a contingência que damos e recebemos é aquilo que nos faz sentir o quanto somos importantes.
"O amor pela palavra"

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O impacto do desemprego no bem-estar psicológico

O Tema de hoje centra-se sobre o impacto do desemprego no bem-estar psicológico das pessoas.

Sendo este a meu ver, um tema incontornável nos dias que correm, seja por existir um crescimento populacional superior ao crescimento económico, ou devido à situação financeira em que o nosso país se encontra, não podemos ignorar os efeitos nefastos que esta situação provoca.
Com o aumento deste fenómeno, verificamos que são cada vez mais frequentes os estudos sobre os efeitos psicológicos desta problemática social. Alguns destes estudos referem que a situação de desemprego pode originar na pessoa um aumento de stress, irritabilidade fácil, poderão sofrer transtornos mentais leves, problemas digestivos, problemas cutâneos, depressão, baixa auto estima, um sentimento de insatisfação com a vida, dificuldades cognitivas e dificuldades de relacionamento familiar.
Estar desempregado provoca na pessoa um sentimento de incompetência e culpa, pois vêem-se como os únicos responsáveis por estarem a passar por aquela situação. Chegam até a pensar que se tivessem sido mais competentes não estariam a passar por esta fase menos boa da sua vida.
Alguns estudos indicam também que a forma mais comum que os desempregados têm para gerir as emoções negativas que advém desta problemática é simplesmente recusar que aquela situação está a acontecer. Neste caso, o indivíduo desempregado retrai-se, isola-se, e pode acabar por ingerir compulsivamente medicamentos ou alimentos. Outra estratégia utilizada para afastar o problema, fazendo como se ele não existisse, é continuar a viver como se nada estivesse a acontecer, continuam com os hábitos de vida que tinham, vão às compras, compram bens, vão a concertos, passam a viver uma vida pouco real e não condizente com as suas condições de vida. Se por outro lado, reagem de forma contrária e se isolam, perdem a possibilidade de fazer contactos para encontrar um novo emprego, pois quem os rodeia não sabe que estão desempregados, diminuindo as probabilidades de serem ajudados.
Nos jovens, o desemprego, pode conduzi-los por caminhos como a marginalidade e criminalidade, sendo esta uma forma fácil de ganhar dinheiro e visto por eles como um bom caminho para a situação em que se encontram.
Chegamos assim à conclusão que o desemprego obriga a alterações no estilo de vida, horários, a conhecer e contactar com pessoas diferentes, numa palavra, estar desempregado obriga a  Mudança. Como sabemos, existe sempre um medo da mudança, associada muitas vezes ao medo do desconhecido.
Pondo isto, é importante ir em frente, tentar gerir o stress que a situação de desemprego e de mudança provoca e sempre que necessário pedir ajuda, seja à família, aos amigos, ou ao seu médico e se necessário recorrer a consultas de psicologia. Numa frase e citando Dalai Lama “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

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