Hoje vamos abordar o tema da
Hiperatividade. Este tema tem-se tornado um tema de preocupação entre os
educadores, por que motivo perguntam vocês? Bem,
a preocupação é grande, pois a criança não consegue atingir um desenvolvimento adequado
na sua aprendizagem, acrescido dos transtornos comportamentais que poderá
apresentar na sala de aula.
A hiperatividade é um dos componentes mais
conhecidos do Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A hiperatividade
define-se como “ um transtorno neurobiológico caracterizado pela desatenção,
inquietação e impulsividade.” Este transtorno é uma condição neurobiológica que atinge de 3% a 7% da população.
Caracteriza-se pela diminuída capacidade de atenção,
impulsividade e
hiperatividade afetando crianças,
adolescentes e adultos. Hoje, estima-se que 60% a 70% das pessoas que tiveram este
transtorno na infância mantêm o transtorno na vida adulta.
Este é um transtorno que se produz devido a uma alteração do
sistema nervoso central e é hoje, uma das causas mais frequentes do fracasso escolar e de problemas sociais
na idade infantil.
As crianças que sofrem deste transtorno
apresentam uma conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar o seu
comportamento, as suas emoções e pensamentos. Têm uma grande dificuldade em
prestar atenção e a concentrar-se. No entanto, nem todas as crianças chegam a
experimentar todos os sintomas. Depende muito do tipo do transtorno que
apresentam.
Muitos pais e professores sentem
dificuldades em identificar se a criança é hiperativa, ou se o que tem é falta
é limites. De certa forma, elas destacam-se das outras crianças pela forma
agitada e pela dificuldade de concentração que apresentam. Essa dificuldade
acaba por interferir na aprendizagem e no acompanhamento escolar, e isto faz
com que ela não consiga manter o mesmo ritmo de aprendizagem que os seus
colegas.
Esses sintomas de hiperatividade,
desatenção ou impulsividade aparecem, mais ou menos, antes dos 7 anos de idade.
A criança hiperativa mostra
atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem
ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença
é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às
outras crianças, digamos que a criança hiperativa é um desafio para seus pais,
familiares e professores.
A impulsividade manifesta-se através da sua
impaciência, dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente,
antes de as perguntas terem sido completadas, dificuldade para aguardar sua
vez e interrupção frequente ou intrusão
nos assuntos de outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos sociais,
escolares ou profissionais.
Enquanto
adultos, e nas situações sociais, a desatenção pode manifestar-se por
frequentes mudanças de assunto, falta de atenção ao que os outros dizem,
distração durante as conversas e falta de atenção a detalhes ou regras.
Podemos concluir que crianças com hiperatividade não
tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para
relacionar-se e um possível fracasso escolar.
No entanto, um tratamento contínuo à
medida que a criança vai crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e que
se consiga controlar. Um especialista ajudará a criança a adquirir hábitos e
estratégias cognitivas para que consiga desenvolver-se socialmente, no seio
familiar e na escola. Os pais, por sua vez, desempenham um papel fundamental
durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão,
carinho, e sobretudo
muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver-se com normalidade.
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