"O amor cura tudo", M. Klein.
O amor incondicional, a contingência que damos e recebemos é aquilo que nos faz sentir o quanto somos importantes.
"O amor pela palavra"

quarta-feira, 13 de março de 2013

Como lidar com a Hiperatividade?


Hoje vamos abordar o tema da Hiperatividade. Este tema tem-se tornado um tema de preocupação entre os educadores, por que motivo perguntam vocês? Bem, a preocupação é grande, pois a criança não consegue atingir um desenvolvimento adequado na sua aprendizagem, acrescido dos transtornos comportamentais que poderá apresentar na sala de aula.
 A hiperatividade é um dos componentes mais conhecidos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A hiperatividade define-se como  um transtorno neurobiológico caracterizado pela desatenção, inquietação e impulsividade.” Este transtorno é uma condição neurobiológica que atinge de 3% a 7% da população. Caracteriza-se pela diminuída capacidade de atenção, impulsividade e hiperatividade  afetando crianças, adolescentes e adultos. Hoje, estima-se que 60% a 70% das pessoas que tiveram este transtorno na infância mantêm o transtorno na vida adulta.
Este é um transtorno que se produz devido a uma alteração do sistema nervoso central e é hoje, uma das causas mais frequentes do fracasso escolar e de problemas sociais na idade infantil.
As crianças que sofrem deste transtorno apresentam uma conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar o seu comportamento, as suas emoções e pensamentos. Têm uma grande dificuldade em prestar atenção e a concentrar-se. No entanto, nem todas as crianças chegam a experimentar todos os sintomas. Depende muito do tipo do transtorno que apresentam.
Muitos pais e professores sentem dificuldades em identificar se a criança é hiperativa, ou se o que tem é falta é limites. De certa forma, elas destacam-se das outras crianças pela forma agitada e pela dificuldade de concentração que apresentam. Essa dificuldade acaba por interferir na aprendizagem e no acompanhamento escolar, e isto faz com que ela não consiga manter o mesmo ritmo de aprendizagem que os seus colegas.
Esses sintomas de hiperatividade, desatenção ou impulsividade aparecem, mais ou menos, antes dos 7 anos de idade. A criança hiperativa mostra atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, digamos que a criança hiperativa é um desafio para seus pais, familiares e professores.
A impulsividade manifesta-se através da sua impaciência, dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente, antes de as perguntas terem sido completadas, dificuldade para aguardar sua vez  e interrupção frequente ou intrusão nos assuntos de outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos sociais, escolares ou profissionais.
Enquanto adultos, e nas situações sociais, a desatenção pode manifestar-se por frequentes mudanças de assunto, falta de atenção ao que os outros dizem, distração durante as conversas e falta de atenção a detalhes ou regras.
Podemos concluir que crianças com hiperatividade não tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para relacionar-se e um possível fracasso escolar.
No entanto, um tratamento contínuo à medida que a criança vai crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e que se consiga controlar. Um especialista ajudará a criança a adquirir hábitos e estratégias cognitivas para que consiga desenvolver-se socialmente, no seio familiar e na escola. Os pais, por sua vez, desempenham um papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão, carinho, e sobretudo muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver-se com normalidade.

Sem comentários: