Várias são as problemáticas que
podem afetar o sono das crianças. Geralmente, não são graves e passam com a
idade, mas é preciso dar-lhes atenção e ajudar a criança a
ultrapassá-los. Por este motivo hoje vamos falar de Terrores noturnos.
O terror noturno afeta
3% das crianças e tem uma importante componente familiar. Ocorre com maior
frequência entre 5 e 7 anos de idade. Estes terrores podem durar de 30 segundos
a 5 minutos, sendo raramente mais longos e as crianças voltam a dormir em
seguida. Tais ataques de terror noturno tendem a ocorrer no início da noite,
fato que os diferencia dos pesadelos que ocorrem sobretudo no final da noite de
sono.
Definem-se os terrores noturnos como um distúrbio caracterizado pelo despertar abrupto que pode ser iniciado por um grito de pânico, choro ou vocalizações incoerentes. A criança pode estar sentada na cama e apresentar uma expressão aterrorizada apresentando sinais de ansiedade como taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo e até dilatação das pupilas.
As primeiras vezes que os pais se confrontam com um episódio de terrores noturnos estes são sentidos como assustadores, pois encontram o seu filho em sobressalto, uma ou duas horas após ter adormecido, com sinais de agitação, muitas vezes a gritar de olhos abertos, com o olhar fixo e movimentos descoordenados, sem responder aos seus apelos para se acalmar, o que deixa os pais extenuados e perturbados, sem saber como agir.
Quando o episódio termina, a criança volta a adormecer e não se recorda do que se passou.
Muitas vezes, os terrores estão relacionados com algo assustador ou invulgar que ocorreu durante o dia, ou ainda, relacionados com mudanças importantes na vida da criança, tais como entrada no infantário, nascimento de um irmão, ausência de um dos pais, entre outros.
Pondo isto, o que fazer perante um episódio deste género?
1. Não tente acordar a criança, uma vez que esta não o irá ouvir e poderá, ficar mais agitada se se intrometer no terror
3. Não fale sobre o assunto no dia
seguinte, uma vez que a criança não se lembra do episódio;
4. Reduza as situações de tensão durante o dia da criança;
5. Estabeleça uma boa rotina de sono, evitando a fadiga;
4. Reduza as situações de tensão durante o dia da criança;
5. Estabeleça uma boa rotina de sono, evitando a fadiga;
Com o passar dos anos sabe-se que os terrores
acabam por diminuir e tal como apareceram desaparecem espontaneamente. No
entanto a
família deve procurar ajuda caso esta situação seja recorrente.
Deixo também algumas sugestões que podem ajudar na
prevenção destes terrores noturnos:
- Deixar uma luz
de presença e a porta aberta;
- Reconfortar e
abraçar a criança antes de adormece-la;
- Pode utilizar o
peluche preferido dele e referir que este o protege enquanto dorme;
- deve falar com a
criança e verificar com ele que no quarto não existem possíveis monstros.
- Criar um
ambiente calmo e confortável no quarto;
- Não expor a
criança a situações que lhe causem medo.
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