A pensar em si e no seu sentir, poderá ouvir todos os dias da semana entre as 8h e as 9h, em 99.1Fm, um excerto dos textos abordados à segunda feira, na rubrica "Psicologia do sentir"...
Este bloggue pretende divulgar temáticas de psicologia para a população em geral, estando associado a uma estação de rádio a "Foz do Mondego Rádio" em 99.1FM
"O amor cura tudo", M. Klein.
O amor incondicional, a contingência que damos e recebemos é aquilo que nos faz sentir o quanto somos importantes.
"O amor pela palavra"
sábado, 30 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
A doença de Alzheimer
Gostava hoje de abordar
a doença de alzheimer e tentar desmistificar esta doença.
A Doença de Alzheimer é
um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e
irreversível de diversas funções cognitivas entre elas: a memória, a atenção, a
concentração, a linguagem e o pensamento. Esta deterioração tem como
consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade
funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida
diária.
Em termos neuropatológicos,
a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes
do cérebro, com algumas causas ainda por determinar.
A Doença de Alzheimer
afeta em regra pessoas com mais de 50anos.
A doença instala-se de
modo insidioso, e progride lentamente, às vezes com períodos estacionários, e
até com aparentes mas fugazes, remissões.
Numa primeira fase,
quase só os doentes notam as suas falhas. Sentem que a memória não responde
como antes, que se esquecem de dados do dia-a-dia, que não dominam os assuntos,
ficam ansiosos e deprimidos. Entretanto o tempo vai passando, a situação
agrava-se, os erros dos doentes tornam-se manifestos, as fallhas de memória são
agora evidentes. Os familiares tornam-se apreensivos.
A doença progride, os
doentes fazem disparates flagrantes e, desorientados perdem-se com facilidade.
Muitas embora, por vezes consigam manter práticas sociais, no entanto têm
discursos vazios, sem vida. A personalidade dos doentes, passado mais algum
tempo, está francamente deteriorada, deixam de conhecer familiares e amigos e
de identificar os ambientes, o débito do discurso é com frequência pobre. Por
vezes têm alucinações e ideias paranoides e chegam a ser agressivos. Não se
vestem sozinhos, perdem os modos de comer que tinham, passando a comer só com a
colher ou com a mão, e acidentalmente, têm incontinência dos esfíncteres. Na
última fase da doença, os doentes, confinados à cama, em mutismo, precisam de
ser alimentados a soro e poderão estar incontinentes. A morte ocorre muitas
vezes devido a infeções respiratórias.
O diagnóstico desta doença não é fácil
no início, já que estabelece um contínuo com o envelhecimento normal, passando
pelo defeito cognitivo ligeiro.
A causa da doença é ainda desconhecida e
em Portugal estima-se que existam perto de 90.000 pessoas com esta patologia. Face
ao envelhecimento da população nos estados-membros da União Europeia os
especialistas preveem uma duplicação destes valores em 2040 na Europa
Ocidental, podendo atingir o triplo na Europa de Leste.
Para
finalizar deixo 10 sinais de altera a que devem estar atentos para uma
prevenção precoce:
- perda de memoria
- Dificuldade em planear ou resolver
problemas
- dificuldade em executar tarefas
familiares
- perda da noção do tempo e
desorientação
- Dificuldade em perceber imagens
visuais e relações especiais
- Problemas de linguagem
- Trocar o lugar das coisas
- Discernimento fraco ou diminuído
- Afastamento do trabalho e da vida
social Alterações de humor e personalidade.
Se desconfia que algum destes sintomas
se adequa aquilo que sente, peça ajuda.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Como lidar com a Hiperatividade?
Hoje vamos abordar o tema da
Hiperatividade. Este tema tem-se tornado um tema de preocupação entre os
educadores, por que motivo perguntam vocês? Bem,
a preocupação é grande, pois a criança não consegue atingir um desenvolvimento adequado
na sua aprendizagem, acrescido dos transtornos comportamentais que poderá
apresentar na sala de aula.
A hiperatividade é um dos componentes mais
conhecidos do Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A hiperatividade
define-se como “ um transtorno neurobiológico caracterizado pela desatenção,
inquietação e impulsividade.” Este transtorno é uma condição neurobiológica que atinge de 3% a 7% da população.
Caracteriza-se pela diminuída capacidade de atenção,
impulsividade e
hiperatividade afetando crianças,
adolescentes e adultos. Hoje, estima-se que 60% a 70% das pessoas que tiveram este
transtorno na infância mantêm o transtorno na vida adulta.
Este é um transtorno que se produz devido a uma alteração do
sistema nervoso central e é hoje, uma das causas mais frequentes do fracasso escolar e de problemas sociais
na idade infantil.
As crianças que sofrem deste transtorno
apresentam uma conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar o seu
comportamento, as suas emoções e pensamentos. Têm uma grande dificuldade em
prestar atenção e a concentrar-se. No entanto, nem todas as crianças chegam a
experimentar todos os sintomas. Depende muito do tipo do transtorno que
apresentam.
Muitos pais e professores sentem
dificuldades em identificar se a criança é hiperativa, ou se o que tem é falta
é limites. De certa forma, elas destacam-se das outras crianças pela forma
agitada e pela dificuldade de concentração que apresentam. Essa dificuldade
acaba por interferir na aprendizagem e no acompanhamento escolar, e isto faz
com que ela não consiga manter o mesmo ritmo de aprendizagem que os seus
colegas.
Esses sintomas de hiperatividade,
desatenção ou impulsividade aparecem, mais ou menos, antes dos 7 anos de idade.
A criança hiperativa mostra
atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem
ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença
é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às
outras crianças, digamos que a criança hiperativa é um desafio para seus pais,
familiares e professores.
A impulsividade manifesta-se através da sua
impaciência, dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente,
antes de as perguntas terem sido completadas, dificuldade para aguardar sua
vez e interrupção frequente ou intrusão
nos assuntos de outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos sociais,
escolares ou profissionais.
Enquanto
adultos, e nas situações sociais, a desatenção pode manifestar-se por
frequentes mudanças de assunto, falta de atenção ao que os outros dizem,
distração durante as conversas e falta de atenção a detalhes ou regras.
Podemos concluir que crianças com hiperatividade não
tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para
relacionar-se e um possível fracasso escolar.
No entanto, um tratamento contínuo à
medida que a criança vai crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e que
se consiga controlar. Um especialista ajudará a criança a adquirir hábitos e
estratégias cognitivas para que consiga desenvolver-se socialmente, no seio
familiar e na escola. Os pais, por sua vez, desempenham um papel fundamental
durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão,
carinho, e sobretudo
muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver-se com normalidade.
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