O tema de hoje tem como
objetivo tentar ajudar todos aqueles que vivem um momento de luto, no qual se
encontram envolvidas crianças que perderam um ente querido. Este é um assunto
muito difícil, triste e muitos não sabem como reagir ou agir perante uma
situação destas. Afinal, quem gosta de falar com uma criança a respeito da
morte? A resposta só poderá ser…ninguém.
Enquanto adultos, e
sobretudo enquanto pais, o que querem é proteger os seus filhos de experiências
dolorosas, e a morte de um ente querido é a mais dolorosa de todas.
Contudo, as crianças,
tal como nós, também vivem a vida, não estão apenas a preparar-se para ela. E
porque a morte faz parte da vida, não pode deixar de as tocar.
A infância é um tempo de
ternura, e é com ternura que devemos abordar a questão da morte com as
crianças. Também não existem fórmulas mágicas para suprimir o desgosto
rapidamente e sem dor.
Quando existem crianças
afetadas pela morte de alguém, há coisas que são importantes saber para se
poder agir desde o primeiro momento e para as ajudar a ultrapassar o choque
inicial, tendo em conta a sua idade.
Para vos ajudar, vamos
falar sobre uma questão pertinente: como
posso falar aos meus filhos a respeito da morte?
A resposta é simples, com
amor e carinho, usando palavras simples e sinceras. Sente-se com eles num local
sossegado, envolva-os num abraço e diga o que tem a dizer. Não tenha medo de
utilizar palavras como “morreu” ou “morte”. Com frases curtas relate-lhes a
morte do falecido e evite eufemismos para a morte, tais como “desapareceu”, ou “partiu
para uma longa viagem”. Essas palavras podem alimentar os receios da criança de
ter sido abandonada e dão origem a medo e a confusão.
Nunca diga que um ente
querido “adormeceu”, pois isso fará com que a criança tenha medo de ir para a
cama à noite. Muitas crianças perguntam: “o que quer dizer morreu?”, mais uma
vez, use palavras simples e diretas: “significa que o corpo parou totalmente.
Já não pode andar, respirar, comer, dormir, falar, ouvir ou sentir”.
Noutras oportunidades
iremos abordar outras questões acerca desta temática que é tão difícil e tão
menosprezada: a morte de um ente querido.
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